Pontos positivos e negativos do consumo alcoólico

De acordo com o estudo publicado pelo Archives of Internal Medicine, adultos e idosos que consomem de uma a sete doses de bebidas alcoólicas por semana podem viver mais e com menor risco de complicações cardiovasculares que os que não bebem – e que os que bebem demais.
CRÉDITO: Bruna Serur
O consumo leve ou moderado de álcool reduz os níveis de proteína C-reativa e de interleucina-6, compostos que circulam no sangue quando ocorre inflamação.  Não importa que tipo de álcool o indivíduo escolhe, se cerveja, vinho ou algum destilado. Porém, a forma como a bebida é ingerida parece ser importante. Cerveja e vinho costumam acompanhar as refeições, e os alimentos diminuem a absorção do álcool, o que é bom. Pessoas que bebem sem os alimentos costumam exagerar nas doses.
            A moderação é essencial para a saúde, ou seja, uma dose ao dia para mulheres e duas doses para homens é o limite. Isto acontece porque o álcool afeta homens e mulheres de formas diferentes. As mulheres tendem a se intoxicar com doses menores de álcool já que possuem menos água corporal e as enzimas que quebram o álcool menos ativas. (O mesmo acontece com os idosos.) Outro problema é que o álcool aumenta a incidência de osteoporose no sexo feminino e se tornam dependentes com mais facilidade que os homens.
Os responsáveis pelo estudo investigaram a relação entre álcool, morte e doenças coronárias como internamento por enfarte do miocárdio, dor pré-cordial em 2.487 adultos sem qualquer antecedente coronário, com idade entre 70 e 79 anos.
Dos participantes, 55% eram mulheres e os outros 45% homens e todos responderam a um questionário sobre doenças, uso de medicamentos e hábitos alcoólicos. Os voluntários foram classificados pelo número de bebidas consumidas, semanalmente, ao longo do ano anterior ao início do trabalho.  As categorias foram: nunca ou ocasional (menos de uma dose por semana); leve ou moderado (uma a sete); e frequente (mais de sete). Durante o estudo, cada indivíduo fez exame ao sangue. Quase metade dos participantes estava na categoria nunca ou ocasional.
         Comparados com consumidores ocasionais, os que bebiam de forma leve ou moderada tiveram 26% menos prevalência de morte e quase 30% menos de prevalência de doença coronária, mesmo depois de eliminado o efeito anti-inflamatório do álcool. Em contraste, nos consumidores frequentes ocorreram mais mortes e doenças coronárias que todos os outros. Mas os efeitos benéficos do álcool podem não funcionar para todos, alertam os autores do estudo. O benefício líquido do consumo moderado pode variar em função do sexo, etnia ou risco cardiovascular já existente.


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